Formação Portugal
07-06-25


A Formação de Medicina Tradicional Chinesa (MTC) é um percurso formativo de elevada exigência técnica e científica, centrado nos fundamentos teóricos, diagnósticos e terapêuticos desta medicina milenar, que assenta numa visão holística do ser humano e da saúde. Estruturada com base nos princípios clássicos da filosofia oriental, como o Yin-Yang, os Cinco Elementos e o conceito de Qi (energia vital), a Medicina Tradicional Chinesa integra um conjunto de práticas terapêuticas que visam restabelecer o equilíbrio energético do organismo e promover a saúde física, emocional e espiritual.


Esta formação é direcionada a profissionais de saúde, terapeutas, técnicos de terapias não convencionais, ou qualquer pessoa que pretenda adquirir uma qualificação sólida e certificada nesta área, de acordo com as normas legais em vigor em Portugal, nomeadamente o enquadramento definido pela Lei n.º 71/2013 e respetiva regulamentação, que reconhece a MTC como uma das terapêuticas não convencionais reguladas. A formação pode abranger diferentes níveis de qualificação, desde cursos introdutórios até programas técnicos e superiores com certificação DGERT, e inclui disciplinas teóricas, práticas clínicas supervisionadas e estágios.


O plano curricular da Formação em Medicina Tradicional Chinesa é extenso e abrange múltiplas áreas de conhecimento. Entre os conteúdos principais destacam-se: fundamentos da filosofia chinesa aplicada à medicina, anatomia e fisiologia segundo a MTC, sistema dos meridianos e pontos de acupuntura, fisiopatologia energética, métodos de diagnóstico oriental (observação, auscultação, olfação, interrogatório e palpação), fitoterapia chinesa (uso de plantas medicinais segundo fórmulas tradicionais), dietética energética, Tuina (massagem terapêutica chinesa), moxabustão, ventosaterapia, auriculoterapia e práticas complementares como o Qigong terapêutico.


A componente de diagnóstico e raciocínio clínico é central na formação, sendo desenvolvida com base na diferenciação de síndromes segundo os padrões energéticos da MTC. Os formandos aprendem a interpretar sinais e sintomas através da observação da língua, do pulso, da expressão facial, da voz e de outros elementos subjetivos e objetivos, compondo uma avaliação global do estado energético do paciente. O objetivo terapêutico é sempre o reequilíbrio das funções do corpo e da mente, de forma individualizada, não invasiva e complementar à medicina convencional.


A prática supervisionada é um elemento indispensável no percurso de formação, sendo muitas vezes realizada em clínicas-escola ou em contextos de estágio com utentes reais. Esta vertente permite aplicar os conhecimentos adquiridos em situações clínicas concretas, respeitando os princípios deontológicos, a ética profissional e a legislação aplicável. A formação pode também incluir módulos de introdução à investigação científica em terapêuticas não convencionais, anatomia e fisiologia biomédica, e articulação com outras práticas de saúde, o que favorece uma abordagem integrada e segura.


Em termos profissionais, a conclusão de uma formação em Medicina Tradicional Chinesa abre portas ao exercício de uma atividade regulamentada, com inscrição obrigatória na ACSS (Administração Central do Sistema de Saúde), desde que cumpridos os requisitos legais estabelecidos para a profissão. O mercado de trabalho para terapeutas de MTC tem vindo a crescer significativamente, tanto em clínicas privadas especializadas como em centros de bem-estar, unidades hoteleiras com serviços de saúde integrativa, espaços de terapias complementares e projetos de prática autónoma.


A MTC é hoje amplamente reconhecida pela sua eficácia em diversas patologias e condições crónicas, desde distúrbios músculo-esqueléticos e digestivos até questões emocionais, como ansiedade, insónias e estados depressivos, passando por problemas ginecológicos, respiratórios e metabólicos. Esta abordagem é cada vez mais procurada por indivíduos que privilegiam cuidados de saúde personalizados, preventivos e menos invasivos, o que reforça a importância de uma formação sólida e tecnicamente rigorosa.


Com um forte potencial de empregabilidade, reconhecimento cultural e aplicabilidade clínica, a Formação de Medicina Tradicional Chinesa constitui uma oportunidade para aprofundar conhecimentos em práticas terapêuticas ancestrais com fundamentos energéticos e filosóficos, aliados a uma aplicação terapêutica moderna, regulamentada e adaptada ao contexto europeu e português. Trata-se, portanto, de um percurso formativo exigente, mas profundamente enriquecedor, que prepara profissionais conscientes, qualificados e aptos a contribuir para uma visão integrativa da saúde e do bem-estar.


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