O Curso de Massagem Shantala para Bebés e Crianças é uma formação especializada que introduz os formandos ao universo da massagem tradicional indiana, adaptada ao contexto ocidental como prática de promoção do vínculo afetivo, do bem-estar físico e emocional e do desenvolvimento saudável da criança desde os primeiros meses de vida. Esta técnica, originária da Índia e divulgada no Ocidente pelo médico obstetra francês Frédérick Leboyer, é baseada em movimentos rítmicos, suaves e repetitivos que proporcionam relaxamento, segurança e estímulo sensorial ao bebé, sendo reconhecida como uma prática terapêutica não invasiva com efeitos benéficos amplamente estudados.

A formação é destinada a profissionais da área da saúde, educação, terapias complementares e cuidados infantis — como enfermeiros, auxiliares de ação educativa, terapeutas ocupacionais, técnicos de apoio à infância e massoterapeutas — bem como a pais, cuidadores e educadores que desejem adquirir competências seguras e fundamentadas para aplicar esta técnica no seu contexto pessoal ou profissional. A estrutura do curso contempla o enquadramento histórico e filosófico da Shantala, os seus fundamentos ayurvédicos, os benefícios fisiológicos e emocionais, bem como a execução prática da sequência completa da massagem em bebés e crianças.

Do ponto de vista técnico, o curso aborda com detalhe a fisiologia e o desenvolvimento psicomotor infantil, as necessidades sensoriais nos primeiros anos de vida, a regulação do sono, o alívio de cólicas, gases e obstipação, e os efeitos da massagem na maturação neurológica e no fortalecimento do sistema imunitário. A massagem Shantala é ensinada respeitando as especificidades anatómicas de cada faixa etária, com ênfase na criação de um ambiente seguro, calmo e favorável à comunicação não verbal entre o cuidador e a criança. São exploradas técnicas complementares como a massagem abdominal para alívio de cólicas, alongamentos suaves, reflexologia podal adaptada à idade e noções de aromaterapia e óleos vegetais seguros para uso pediátrico.

A componente pedagógica da formação inclui noções de postura do terapeuta, ética no contacto com bebés e crianças, respeito pelas necessidades da criança e reconhecimento dos sinais de desconforto ou sobre-estimulação. São também discutidos os limites da massagem infantil e as contraindicações médicas, incluindo situações clínicas que exigem avaliação profissional prévia. A aplicação da Shantala é contextualizada dentro das boas práticas de parentalidade positiva, contacto pele-a-pele, regulação emocional e desenvolvimento do apego seguro, estando em conformidade com orientações da Organização Mundial da Saúde relativas à promoção do desenvolvimento infantil precoce.

A formação poderá ser certificada por entidades acreditadas pela DGERT, sendo valorizada como especialização complementar para profissionais que atuem na área materno-infantil ou em contextos terapêuticos com enfoque na estimulação sensorial e emocional. A certificação pode também ser um elemento diferenciador no currículo de profissionais que atuem em creches, jardins de infância, centros de apoio familiar ou unidades de cuidados neonatais e pediátricos.

O impacto da massagem Shantala na promoção da saúde infantil tem vindo a ser reconhecido tanto no meio clínico como no campo das terapias complementares. Estudos apontam para melhorias na qualidade do sono, diminuição da irritabilidade e ansiedade, fortalecimento do vínculo entre cuidador e criança, e potencial contribuição para o equilíbrio emocional da criança ao longo do seu crescimento. Em contexto profissional, o domínio desta técnica pode abrir portas para a intervenção precoce, para a educação parental e para a dinamização de oficinas de massagem infantil em instituições educativas, centros de saúde ou espaços de apoio à parentalidade.

Assim, o Curso de Massagem Shantala para Bebés e Crianças constitui uma mais-valia formativa e humana para todos os que desejam aprofundar os conhecimentos sobre práticas de toque consciente, contribuindo para o desenvolvimento harmonioso da criança e reforçando o papel do adulto como facilitador de segurança, bem-estar e afeto nos primeiros anos de vida.